26.11.11

Repensando perspectivas às vésperas do Natal - Conheça o que você come: PORQUINHOS


Da série CONHEÇA o que você COME

Norah André

A maioria dos ocidentais nasceu em famílias não-vegetarianas e foi acostumada desde cedo a não fazer a associação entre a "carne" que come e os simpáticos animais que tanto amou e admirou quando era pequeno.


Como muito bem me disse no outro dia meu sobrinho João Oliveira,
"A grande dificuldade em se sentir empatia por quem não conhecemos explica também em parte por que motivo ainda há tantas pessoas que dizem respeitar os animais, mas continuam a comê-los. Certamente, a maioria das pessoas seria incapaz de continuar a comer animais se associasse aquilo que tem no prato a um rosto ou à personalidade de um ser único e insubstituível.
Um ser tão único e tão merecedor do nosso respeito como os cães ou os gatos com que convivemos de perto e que jamais conceberíamos explorar para nossa alimentação."


No que se refere aos porquinhos não é diferente o que acontece.
Poucos, mesmo quando adultos, fazem a associação entre o "pernil" e o animalzinho lindo dos livros infantis:

Há muito que a ciência reconheceu a extrema inteligência destes animais. Um porquinho adulto tem inteligência comparável à de uma criança de aproximadamente 3 anos de idade. Se lhes é dada a oportunidade de viver de forma natural, são animais extremamente limpos, afetuosos e capazes de estabelecer relações de profunda amizade com o homem.
Há quem tenha reconhecido que os porquinhos podem ser maravilhosos animais de companhia, capazes de atos de bravura e lealdade para com seus "donos", como foi o caso da porquinha fêmea que atraiu a atenção da vizinhança nos EUA quando sua amiga humana teve um enfarte dentro de casa, colocando-se bem no meio da rua entre os carros. Os vizinhos, estranhando o comportamento do animal, a quem conheciam, acudiram em socorro da velha senhora inconsciente dentro de sua própria casa. Não fosse a porquinha, certamente sua tutora teria morrido, sem atendimento médico.


Infelizmente a sociedade humana retirou destes animais toda a sua condição de seres sencientes, condenando-as à morte como mercadoria para a mesa humana.
Se um deles pudesse se fazer ouvir, com certeza nos diria:
"Meu nome não é "pernil". (Nem bacon, nem mortadela, nem linguiça, nem presunto).
"Eu sou um PORQUINHO e QUERO VIVER, tanto quanto VOCÊ!"



Estes mesmos animais, capazes de tantas demonstrações de afeto e inteligência, hoje são submetidos a condições abjetos e aterradoras por seus "criadores":

Hoje, nas chamadas "fazendas industriais" são mantidos em confinamento em espaços mínimos, onde a mamãe porco mal tem condições de se virar de lado, enquanto é "encaregada" de gerar novas crias que serão posteriormente abatidas.


Navarra | Granjas de cerdos - Pig farms from IgualdadAnimal | AnimalEquality on Vimeo.

Há muitos que acreditam pode provar por recurso a documentos históricos que Jesus era vegetariano, assim como os primeiros cristãos:
http://www.elmundo.es/cronica/2003/385/1046615205.html
Neste Natal, faça diferente.
Algo bem mais compatível com o nascimento do Mestre, a quem o Natal supostamente faz referência.
Ao invés de comer seus irmãos ou de gastar muito dinheiro com presentes sem fim, presenteie Aquele a cuja memória deveríamos honrar com nossos ATOS, não apenas neste, mas em como todos os dias de todos os anos de nossas curtas vidas.
Considere a possibilidade de aderir ao vegetarianismo/veganismo.
A única atitude eticamente coerente para quem de fato ama animais, e não apenas cães e gatos.



Consulte farto material sobre a incrível crueldade a que os porquinhos são submetidos em:
http://www.animalsaustralia.org/radio/christmas-radio-appeal/



Trailer del documental "Granjas de Cerdos: Una investigación de Igualdad Animal" from IgualdadAnimal | AnimalEquality on Vimeo.

5 comentários:

  1. Os animais também têm direito à vida e a liberdade. Não foram feitos para se submeterem à crueldade humana, mas sim para viverem suas vidas com liberdade.

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  2. Boa noite!
    Achei seu texto quando lia coisas relacionadas a animais. Sou (ainda e infelizmente) uma pessoa de hábitos ocidentais normais, isto é, carnívora. E há um tempo ando considerando essa idéia de adotar o vegetarianismo, devo dizer que seu texto me tocou profundamente, acho que porque hoje estive numa missa e o padre argumentou sobre este ser um período de preparação para recebimento do maior presente que Deus nos teria dado: Jesus. E acho que um ato de amor para com todos os animais seria uma excelente preparação de recebimento de Cristo, não é?
    Ainda estou iniciando uma caminhada (primeiro mental) e já percebo que é difícil (tanto por uma questão de costume quanto de tentação, pois muitas das coisas que nos cercam gastronomicamente têm algo de animal, em especial a carne). Desejo ter maturidade e sabedoria para chegar lá, a um vegetarianismo. E me sentir plenamente em paz com os animais e os meus atos.

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  3. Que bom ouvir isso, Elaine! Tenho certeza de que você conseguirá: estes hábitos só são quebrados pela compaixão e o verdadeiro entendimento do que está diante de nós. Estou torcendo por você! Abraços!

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  4. EU MORO NA ARGENTINA, UM PAÍS TERRIVELMENTE CARNÍVORO. NUNCA GOSTEI MUITO DE COMER CARNE DE VACA, MAS ÀS VEZES COMIA. INCONSCIENTEMENTE SIM ADORAVA CARNE DE PORQUINHO, ATÉ QUE FAZ UNS MESES ASSISTI A UM VÍDEO ONDE MOSTRAVAM COMO ELES ERAM MALTRATADOS E ASSASSINADOS CRUELMENTE E ME SENTI TÃO ASSASSINA DESSES SERES FORMOSOS QUE DESDE ENTÃO NÃO COMO NEM VAQUINHAS NEM PORQUINHOS, E NUNCA MAIS O FAREI. DEVO CONFESAR QUE SIM COMO FRANGUINHOS E ISSO ME ENVERGONHA, MAS ODEIO VERDURAS!! MESMO ASSIM, DESDE QUE VI O VÍDEO COMECEI A COMPRAR VEGETAIS CONGELADOS QUE NÃO SEJAM ESPINAFRE (O QUE MAIS DETESTO SÃO AS FOLHAS, COMO O ALFACE,AGRIÃO E TAL). PRA MIM É UM SACRIFÍCIO, MAS SERIA BEM PIOR SABER QUE ESTOU COMENDO UM MARAVILHOSO SER QUE MERECIA UMA VIDA FELIZ. POR ENQUANTO, PEÇO DESCULPAS AOS FRANGOS, MAS ESTOU TENTANDO FAZER O QUE FOR POSSÍVEL PARA NÃO CONTRIBUIR AO SOFRIMENTO DOS ANIMAIZINHOS. OS MEUS CONHECIDOS DIZEM QUE SOU UMA IDIOTA, QUE EU NÃO VOU FAZER A DIFERENÇA ... EU NÃO ME IMPORTO COM ISSO, SÓ COM A MINHA CONSCIÊNCIA E OS MEUS PRINCÍPIOS.

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